terça-feira, dezembro 19, 2006

"Estado assume edição partituras musicais por falta no mercado"

Segundo o Diário Digital, "A inexistência em Portugal de uma editora de partituras musicais levou o Estado a assumir esse papel, declarou hoje o presidente do Instituto das Artes, Jorge Vaz de Carvalho, na apresentação da nova colecção 'Partituras PortugalSom'.
Jorge Vaz de Carvalho explicou à agência Lusa que o projecto inicial - a edição gráfica de 18 obras musicais - está orçado em 75 mil euros.
Hoje, na presença do secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, foram apresentadas 'Cena lírica', de Luís de Freitas Branco, e 'Cartoons', de António Chagas Rosa.
O IA prevê nesta primeira fase - que se completará no início de 2007 - a edição de mais 16 títulos que incluam compositores como Cláudio Carneyro, Fernando Lopes-Graça, Frederico de Freitas, João Domingos Bomtempo ou Jorge Peixinho.
O 'layout' gráfico da colecção é feito com desenhos cedidos por artistas portugueses, nomeadamente Jorge Pinheiro, Lagoa Henriques, Victor Belém ou Eduardo Nery.
Com a edição das partituras de obras portuguesas, o IA espera aumentar o interesse na interpretação e divulgação de obras de compositores portugueses, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Segundo o presidente do IA, a tarefa que o Instituto se propõe levar a cabo 'não pode ser episódica e tem de ter continuidade alargada'. Por esta continuidade, esclareceu, deve entender-se 'a edição no estrangeiro'.
Mário Vieira de Carvalho, além de salientar o papel do Estado na edição musical, lançou 'um desafio aos jovens empreendedores, para que assumam o risco da edição musical e criem uma parceria com o Estado'. Esta situação, realçou, seria 'salutar', podendo estabelecer- se um protocolo entre essas entidades privadas e o Estado.
O secretário de Estado referiu ainda que a constituição do conselho editorial pelo IA daria a garantia de rigor. 'O Estado define assim uma norma de edição musical com a introdução de critérios de rigor, além do exemplar aspecto gráfico, mas também de garantia de leitura filológica', disse Mário Vieira de Carvalho." (A hiperligação foi acrescentada)

Sem comentários: