sábado, dezembro 16, 2006

"Proposta de lei de transplantes poderá facilitar venda de órgãos"

Como acentua Alexandra Marques no Jornal de Notícias, "O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) considera que a ausência de qualquer restrição, na proposta de lei sobre colheita e transplante de órgãos humanos, em vida do dador, 'poderá vir a facilitar a comercialização de órgãos, tecidos e células' não regeneráveis, como, por exemplo, rins.
Para evitar essa possibilidade, o CNECV propõe no parecer - elaborado a pedido da Comissão Parlamentar de Saúde, aprovado terça-feira em reunião plenária e ontem divulgado - que o diploma consagre a obrigatoriedade de 'uma relação próxima' entre o dador e o receptor, como prevê o Protocolo Adicional à Convenção sobre os Direitos do Homem e Biomedicina, assinado por Portugal em 2002, mas que não foi ainda ratificado.
'A doação de tecidos ou órgãos a outrem, é um acto humanitário de intrínseco valor ético', citou Jorge Soares, um dos relatores do documento em parceria com Rita Amaral Cabral. Para justificar que a proposta do Conselho 'é para evitar o mau uso ou má intenção' desse acto e que isso significa a eventual venda de órgãos por parte de quem precise de dinheiro.
'Este carácter afectivo estável é uma salvaguarda. Impede a venda? Não, mas é mais um critério a ter em conta para evitar que aconteça', acrescentou este conselheiro." (As hiperligações foram acrescentadas)
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