OPINIÃO
Iniciamos uma coluna de Opinião, muito singelamente. Julgamos ser uma forma de ir trocando ideias, inspirando trabalhos, promovendo o encontro.
Obviamente não estaremos de acordo muitas vezes. Mas isso é que faz a liberdade de pensamento efectiva, pela convivência e pelo diálogo. Quando a Escola for um coro afinado, acabará a escola. Livremo-nos disso...
Todos são convidados a participar, colocando novos tópicos e discutindo os anteriores.
QUALIDADE E PROPRIEDADE DA LINGUAGEM CIENTÍFICA NOS MEDIA
Uma função importante dos grupos científicos e do saber em geral, deveria, a meu ver, ser o de contribuir para a salubridade e propriedade linguística nas respectivas áreas. A sem-cerimónia com que, por vezes, os media utilizam linguagem técnica, confunde muito o público.
Somos hoje confrontados na net com duas notícias que, não configurando exactamente aquela situação, dão que pensar um pouco.
A primeira, a propósito da tragédia da ponte de Entre-os-Rios. Um autarca terá afirmado tratar-se de um "processo ímpar na História do Direito em Portugal".
Não é uma questão apenas linguística, é um juízo de valor que envolve toda a História do Direito. Fiquei impressionado com afirmação tão bombástica. Evidentemente que, para mais tocado muito em especial com o dramatismo da situação, o autarca em causa está emocionalmente legitimado para ser enfático, se tal for o caso. Mas será que tem razão, e é mesmo um processo desses que deveria ficar na História? Não sei. Alerto para o problema...
Ímpares são, em rigor, todos os processos - não há um igual a outro. Contudo, não é nessas águas que o problema se coloca, como é óbvio. Não haverá realmente nada do género? Eis um desafio aos nossos colegas do Instituto - e eventuais outros. Sobretudo os da linha "Direito, património e história".
Pessoalmente, gostava de saber.
ZOOLOGIA E ANTROPOLOGIA
A outra observação é mais leve, aparentemente.
O Instituto da Conservação da Natureza afirma que: "Quase metade dos vertebrados em Portugal está em risco".
Ter coluna vertebral é realmente, em si mesmo, um risco terrível. Provavelmente o ICN não contabilizou os vertebrados ditos "racionais". Os números poderiam ser catastróficos. Uma verdadeira catástrofe ecológica.
Um livro interessante para o problema, em Portugal, é mesmo o de Antero de Quental, Causas da Decadência dos Povos Peninsulares. Saído da conferência (do Casino) homónima.
Iniciamos uma coluna de Opinião, muito singelamente. Julgamos ser uma forma de ir trocando ideias, inspirando trabalhos, promovendo o encontro.
Obviamente não estaremos de acordo muitas vezes. Mas isso é que faz a liberdade de pensamento efectiva, pela convivência e pelo diálogo. Quando a Escola for um coro afinado, acabará a escola. Livremo-nos disso...
Todos são convidados a participar, colocando novos tópicos e discutindo os anteriores.
QUALIDADE E PROPRIEDADE DA LINGUAGEM CIENTÍFICA NOS MEDIA
Uma função importante dos grupos científicos e do saber em geral, deveria, a meu ver, ser o de contribuir para a salubridade e propriedade linguística nas respectivas áreas. A sem-cerimónia com que, por vezes, os media utilizam linguagem técnica, confunde muito o público.
Somos hoje confrontados na net com duas notícias que, não configurando exactamente aquela situação, dão que pensar um pouco.
A primeira, a propósito da tragédia da ponte de Entre-os-Rios. Um autarca terá afirmado tratar-se de um "processo ímpar na História do Direito em Portugal".
Não é uma questão apenas linguística, é um juízo de valor que envolve toda a História do Direito. Fiquei impressionado com afirmação tão bombástica. Evidentemente que, para mais tocado muito em especial com o dramatismo da situação, o autarca em causa está emocionalmente legitimado para ser enfático, se tal for o caso. Mas será que tem razão, e é mesmo um processo desses que deveria ficar na História? Não sei. Alerto para o problema...
Ímpares são, em rigor, todos os processos - não há um igual a outro. Contudo, não é nessas águas que o problema se coloca, como é óbvio. Não haverá realmente nada do género? Eis um desafio aos nossos colegas do Instituto - e eventuais outros. Sobretudo os da linha "Direito, património e história".
Pessoalmente, gostava de saber.
ZOOLOGIA E ANTROPOLOGIA
A outra observação é mais leve, aparentemente.
O Instituto da Conservação da Natureza afirma que: "Quase metade dos vertebrados em Portugal está em risco".
Ter coluna vertebral é realmente, em si mesmo, um risco terrível. Provavelmente o ICN não contabilizou os vertebrados ditos "racionais". Os números poderiam ser catastróficos. Uma verdadeira catástrofe ecológica.
Um livro interessante para o problema, em Portugal, é mesmo o de Antero de Quental, Causas da Decadência dos Povos Peninsulares. Saído da conferência (do Casino) homónima.
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